Devemos ser mais audaciosos na gestão de resíduos pós consumo de embalagens
Assusta. Mas deve ser validada.
Resolvi a 13 anos atrás abandonar a minha carreira em instituições financeiras para dedicar-me ao resíduo pós consumo.
Não por acaso. Por 07 anos viajei e conheci o país trabalhando na área de produtos sustentáveis e o que mais deparei foi com a preocupação e a dificuldade com o resíduo. É um problema universal.
Esse problema, anos atrás, era exclusivo do setor público. Agora é do setor privado e da pessoa física, em qualquer local que estiver, qualquer grau de estudo, qualquer classe econômica e qualquer embalagem que gerar. A legislação diz, resolva você!
O “lixo” é problema de todos. Não há como fazer algo desencadeado.
É uma cadeia de negócio, de processo, de logística e de informação. Como todas as outras.
Internamente as empresas ficaram menos complexas na gestão do resíduo. Um bom PGRS gerenciado e monitorado dá conta do recado. Informando quem é de direto e buscando alternativas econômicas viáveis para a solução. Exija um profissional qualificado para isso, por favor.
Externamente à empresa, aqueles resíduos que estão no varejo, gerado por 215 milhões de brasileiros e 8 bilhões pelo mundo, são um problema. Caros, riscos para a saúde e risco para o meio ambiente.
O prognóstico de melhoria, apesar de legislações e ações, é um só, ficar pior. Por quê? As empresas não sabem o que fazer a não ser comprar NF; os municípios precisam cobrar e seus custos são altíssimos na gestão porta a porta e ineficientes. O gerador está perdido, quer colaborar, mas não sabe como. E será onerado mais uma vez.
O catador continua a margem da sociedade. Prestando um serviço a todos, vendendo no mercado paralelo sem nenhuma expectativa e qualidade de vida. Há empresas que não se importam com isso.
Devemos ser mais audaciosos nisso.
Um novo modelo econômico proposto. Temos um.
PRECISAMOS ACELERAR AS COISAS.
Devemos todos liderar uma transição para uma nova tecnologia, com o que temos de melhor.
Devemos testar, ajustar e validar até conseguirmos implementá-la de forma justa social, ambiental e econômica.
Há riscos, e são mensuráveis. Sem risco não há avanço.
As conquistas vencerão os riscos.
Todos juntos.